Decidimos que a jornada de hoje seria o Museu do Exército (Musée de l’Armée) que fica no mesmo prédio que era o Hotel des Invalides e depois iríamos até a Catedral de Notre Dame.
Saímos do hotel para procurar uma lavanderia e depois de procurar aqui na redondeza, voltamos para o hotel para buscar um cachecol ou pashmina já que eu havia esquecido este importante acessório para o frio de 5 graus que fazia hoje de manhã, e a moça do hotel nos explicou onde há uma lavanderia, aqui, bem pertinho. Beleza! Mais uma oportunidade de andarmos com roupas limpas.
Subimos uma das ruas que dá no Arco do Triunfo (Av Carnot) e decidimos primeiro dar uma passada embaixo deste monumento. Existe uma passagem subterrânea com uma entrada na Avenue de la Grande Armée e com uma saída no Arco do Triunfo e a sua seqüência na Avenue des Champs Elysees. O Arco, visto de baixo, é bem grande. Tem inúmeros nomes gravados em suas paredes pelo lado de dentro, todos de batalhas vencidas pelos exércitos franceses. Mas muitos mesmo! Interessante que daquilo tudo, sobrou muito, mas muito pouco. Ali, também há a homenagem para o ‘Soldado Desconhecido’. Como o tempo estava um pouco nublado, decidimos não subir no Arco do Triunfo hoje.
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Algumas das batalhas esculpidas no Arco do Triunfo |
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Uma das quatro esculturas do Arco do Triunfo |
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Mirage para leilão |
Começamos pela parte das armas e uniformes da antiguidade. Eles possuem uma coleção inacreditável. São centenas de armaduras de homens, cavalos e até de crianças. Espadas, sabres, adagas, facas, arcos, balestras, escudos e toda a indumentária das épocas antigas. Artigos da Europa Central, Pérsia, Império Otomano e do Extremo Oriente. Peças do período Neolítico como machados de pedra e pontas de flechas e lanças de pedras e ossos. Peças da Idade do Bronze e tantas mais. Eles tem espadas vikings, katanas japonesas e armaduras de samurais.
O museu segue uma boa seqüência, muito bem organizado. Para dar um relax, depois desta primeira parte comemos um baguete cada um na lancheria do museu e fomos para a parte que mais me trazia curiosidade. A das I e II Guerras Mundias. Inicia-se a jornada pela parte da I Guerra que é muito bem contada. Existem espaços, com bancos onde ficam passando vídeos que contam os porquês do início da Guerra e também o porquê do envolvimento de cada país que nela entrou.
São dezenas de uniformes de diferentes países envolvidos assim como os armamentos a cada um relacionados. Em uma certa parte, existe uma maquete sobre uma das importantes batalhas e nessa maquete, que tem sobre ela um projetor centralizado e sob ela projeta as manobras estratégicas ao mesmo tempo que acontece uma narração do desenvolver desta importante batalha que auxiliou na decisão desta guerra.
Chegamos então na parte do museu que é dedicado a II Guerra Mundial. À exemplo da parte anterior, explica todo o desenrolar e porquês da WW II. Armas, uniformes, bandeiras, cartas, livros e tanto mais. Algumas coisas em especial me chamaram à atenção e entre elas as 1˚ e 2˚ edições do livro Mein Kampf, de Adolf Hitler, algumas bandeiras nazistas (que considero um troféu de combate), facas nazistas da Juventude Hitlerista, facas de combate da SS, metralhadoras MP40 alemãs, fuzis Mauser, uniformes das tropas nazistas, pistolas Luger, uniformes aliados e sua indumentária completa como por exemplo os dos paraquedistas e soldados que participaram da Operação Overlord realizada em 6 de junho de 1944, o ‘Dia D’. Facas do SAS (Special Air Service), o comando especial inglês. Me impressionou o exemplar do objeto que conheço por ‘ouriço’, que é uma estrutura de metal que era utilizada para bloquear o avanço de tropas e veículos e podemos lembrar desse objeto no filme Saving Private Ryan na cena do desembarque na praia. Para fechar a visita, quando descíamos as escadas nos deparamos com um exemplar de uma ‘Vergeltungswaffe’ ou V2, as famosas ‘Bombas Voadoras’(o primeiro projeto dessas bombas foi desenvolvido peloo pai da D. Lore, e este projeto também serviu para o desenvolvimento de foguetes que iriam mais tarde à lua). Um foguete de 14 metros e 3 toneladas e com 5.000 km de alcance.
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Em frente ao Hotel des Invalides |
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Fivela de cinto |
Apesar de ali não ser muito longe de Notre Dame, decidimos ir de metrô e experimentar o famoso sistema parisiense de trens subterrâneos.
Entramos em uma estação ao lado do Hotel dos Inválidos, chamada ‘la Tour Maubourg’ e vimos que não era tão simples assim a movimentação pelo metrô parisiense. Queríamos comprar um passe que dá direito a movimentação por vários dias e várias vezes em cada dia no sistema subterrâneo e de ônibus de Paris. São vários preços diferentes para cada tipo de passe que se quer adquirir e por zonas de movimentação. Só que não existe uma explicação de quais são e o que abrange cada uma das 6 zonas de Paris. Vimos o que daria direito a 5 dias pelas 6 zonas e o custo de cada passe seria de 48 euros. Não vamos usar tudo isso de metrôs e decidimos então comprar os passes individuais. Cada passe de metrô custa 1,7 euros e então compramos 10 passes que ao todo custaram 12 euros por causa do desconto especial, direto na máquina. Tentei perguntar para um funcionário que estava na cabine de venda de bilhetes as informações sobre as zonas de transporte e suas abrangências, mas o cidadão, é claro não falava inglês ou não estava a fim de falar e dar informações à turistas.
Ao passarmos a catraca e entrarmos na estação novo dilema. Difíceis informações e sinalização nesta estação. Precisávamos ir para a estação ‘Invalides’ para tomar a linha ‘C’ para então descermos na estacão ‘St-Michel Notre Dame’. Descemos então na ‘Invalides’ e nova falta de, e confusas informações sobre que caminho seguir para tomarmos o trem da linha ‘C’. Quando finalmente chegamos na plataforma, esperamos mais de 15 minutos até chegar o trem que nos levaria para a estação ‘Notre Dame’. O curioso é que os trens do metrô de Paris não abrem a porta automaticamente e é necessário, dependendo do tipo do trem, apertar um botão para abrir a porta do vagão ou baixar uma maçaneta, tanto externa quanto internamente para que a porta se abra e o passageiro possa descer ou subir do vagão.
Subimos a escada e estávamos em frente à Catedral de Notre Dame. Nós e mais uns 68.371 turistas, pelo que consegui contar. A construção é muito bonita e divinamente esculpida. Anjos, santos e gárgulas ornam a igreja por seu lado externo. A entrada na Catedral é gratuita e existe uma placa orientando sobre a proibição de usar flash em fotos no interior da igreja. Pensam que a turistada respeita? Parecia uma casa noturna em dia de festa ‘rave’ de tanta luz piscando, oriunda dos flashs das máquinas daquela multidão que lá estava. Umas hora, preferia até que fosse proibido fotografar no interior da igreja para que as pessoas começassem a ter respeito e cumprir as regras. Tiramos poucas fotos no interior, todas sem usar o flash.
Existem diversos vitrais na catedral, muito bonitos! A altura da nave é impressionante e sua arquitetura intriga e me pergunto como eles conseguiram firmar aquelas abóbadas no teto e fazer as curvas internas. A cruz atrás do altar principal não contém a imagem de Jesus que na verdade está nos braços da Virgem Maria, desfalecido, no pé desta cruz. Achei isso muito emocionante!
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Cruz no altar principal de Notre Dame |
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Vitrais em Notre Dame |
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Em frente a Catedral de Notre Dame |
Voltamos caminhando pela beira do Sena até a Ponte Neuf e então conseguimos localizar um banheiro público na entrada de uma estação de metrô. Muito limpo e organizado.
Seguindo o caminho de volta, passamos por dentro do pátio do Museu do Louvre, Jardim des Tuileries, Place de la Concorde e paramos em um café no início da Champs Elysees para tomarmos um café.
Dali, seguimos pela Champs Elysees até o mercado Monoprix para comprarmos água e nossa janta e voltamos para o hotel.
O cansaço hoje foi bem grande devido ao tanto que caminhamos e também por todo o cansaço que vêm se acumulando desta longa jornada que estamos fazendo durante este mês de outubro.
Nosso plano de amanhã ainda não está definido, mas ao primeiro ver será o Museu da Moda e depois o Mercado das Pulgas.
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Fer descansando na Ponte Neuf |
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Fer no Jardin des Tuileries com o Louvre ao fundo |
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Minotauro aqui nego trata na paulada! |
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Nós na Place de a Concorde |
Ah, ces't la vie!
ResponderExcluirnomes que aprendi na viagem que ganhamos das meninas... tudo tão lindo e claro, mas acho que de tão jacus não nos confundimos nas estações do metro : ) e pela mesma razão um atendente me explicou sobre as regiões e decidimos ficar com aquela que exclui o Versailles e Euro Disney, pelo que então pagamos 27 euros a semana para cada um.
Mas não usamos bicicletas, que vocês deveriam usar, apenas nas ruas planas...
Tem um café quase em frente a Louis Vitton e ao lado da Sephora que tem a melhor pastisserie que encontrei... hmmm!!
Que delicia!
Passeiem bastante - MAIS! por mim.
Beijos
Passear em Paris parece que não tem jeito de ser menos que muito bom! : )
ResponderExcluirBeijos!
Chique e bacana, o lugar é bonito mesmo!
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