sábado, 18 de setembro de 2010

Veterano

A música Veterano, interpretada por Leopoldo Rassier e os Serranos no Galpão Crioulo, em 1982! Essa foi uma das músicas que acompanhou minha infância, adolescência e até hoje me emociona! Baita letra!

http://www.youtube.com/watch?v=6C4pW03l4e0&feature=related

Filhos de pais maduros

Recebi este texto de um grande amigo e pessoa que muito admiro pela história que conheço de sua vida e por sua humildade. Pela tranquilidade que ele transmite e pelo seu seu ímpar senso de humor! Seu nome é Carlos Alberto Tonial, o CAT. De Marau, RS.

Filhos de pais maduros
por Fatima Bittencourt

É bastante comum as pessoas justificarem os seus erros, invocando suas precárias condições de vida.
Dizem que foi o desespero que as levou a tomar atitudes equivocadas ou que circunstâncias negativas as fizeram agredir o seu semelhante ou suas propriedades.
Filhos agridem pais porque eles não lhes deram o que pediram, no momento exato em que o fizeram.
Irmãos que mentem, enganam, não se importando em que condições ficarão os demais irmãos.
Viktor Frankl, um judeu vienense, que foi prisioneiro dos alemães, durante a segunda guerra mundial, escreveu: Nós que vivemos em campos de concentração podemos lembrar dos homens que andavam pelos alojamentos confortando os outros, distribuindo seus últimos pedaços de pão.
Talvez eles tenham sido poucos. Mas são prova suficiente de que tudo pode ser retirado de um homem maduro, menos uma coisa, a verdadeira liberdade humana - escolher a atitude madura em quaisquer circunstâncias, que significa a escolha do seu próprio caminho.
Portanto, escolher o olhar só para si ou desenvolver sua capacidade de compartilhar compete a cada um. Mas, para isso nos falta uma melhor educação!
Não somente essa educação que se aprende nos livros. Mas, principalmente aquela que tem a ver com a formação de verdadeiros valores humanos e do mergulho do processo individual de autoconhecimento de cada um.
Para isso precisamos, urgentemente, de pais conscientes que ensinem verdadeiros valores a seus filhos. Que lhes digam que é nobre dizer a verdade, mesmo que isso não os credencie a receber algum prêmio ou compensação. Que seus filhos saibam sobre os dias mais tristes das suas vidas. Que tenham a ousadia de contar sobre as suas dificuldades do passado e como as conseguiram vencer para se tornarem maduros.
Pais que não desejem dar o mundo aos seus filhos, mas que queiram sim lhes abrir o livro da vida.
Pais presentes que desenvolvam em seus filhos: auto-estima, capacidade e trabalhar perdas e frustrações, filtrar estímulos estressantes, dialogar e ouvir.
Pais que tenham tempo para si mesmo, para estar presente na presença dos filhos. Pais que se sentem para conversar com os filhos, descobrindo-lhes o mundo íntimo.
Pais que não se preocupem somente com festas de aniversário, tênis, roupas, produtos eletrônicos, mas que também se preocupem em dialogar e olhar para a alma dos filhos.
Pais que sabem que não devem atender todos os desejos dos seus filhos, pois isso os tornará fracos e dependentes.
Pais que dêem algo que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu amor, as suas experiências, suas lágrimas e alegrias.
Um autêntico processo de educação, em que o filho aprende que amor é o maior dos tesouros.
Então, não haverá de se tornar infeliz somente porque não tem a roupa de griffe, ou não conseguiu viajar ao exterior nas férias, ou nos intercâmbios e pós-pós e pós-doutorados...
Alguém que reconhecerá a grande diferença entre TER coisas e SER um sujeito com seu unido time físico-emocional e espiritual, tornando-se, assim, um futuro homem feliz!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Acampamento Farrapo (Jayme Caetano Braun)

Bandeira de 35, Divino pendão de guerra
Que guarda gritos de terra entre as dobras andarilhas
Pano de altar das coxilhas, desfraldado por condores
prece rezada em 3 cores em sobrehumanos rituais.
O verde, os campos gerais do Rio Grande despenteado,
o matambre amarelado numa alvorada de outubro
e o campo… vermelho rubro, num sol de tarde sangrado.
Troféu mil vezes sagrado, pátria encarnada em um pano,
pedaço de chão pampeano que a história guasca eterniza.
Foste a primeira divisa do Brasil republicano.
Bandeira tu ressuscitas, na glória de cada fiapo
O Acampamento Farrapo embaçado de fumaça.
É o formigueiro da Raça que está reunido em concílio
É o bugre que – de lombilho,vem levantando aos bocejos
São os mestiços andejos, mal encarados e sérios
São castelhanos gaudérios vaqueano de montoneras
Que bandearam as fronteiras por força de algum instinto
É o negro chucro, retinto, dos grilhões recém liberto
É o piá voluntário esperto, guri ainda – rosto liso
É o chiru velho preciso que pensa mais do que fala
É o estancieiro de pala que chimarreia sisudo
É o mulato façanhudo de adaga grande à cintura
É a impressionante figura do charrua de melenas
É o soldado de chilenas e uniforme desbotado
É o lenço bem colorado num pescoço de Oriental
É a Tricolor Oficial num tope republicano
É o carreteiro vaqueano que segue o rastro das tropas.
São abas largas e copas, vinchas, quepes e chapéus
Laços apêros, sovéus, num mar de pilchas gaúchas
Boleadeiras e garruchas, ponchos, palas multicores
Chiripás e tiradores, chocolateiras, cambonas
São guitarras e cordeonas chamuscads nos fandangos
Espadas, adagas, mangos e as lanças que os peleadores
manejavam com primores nas arrancadas sem conta
todas trazendo na ponta as flameantes Tricolores!
Que culto estranho – que pampeano rito
Vivem tais vultos que divergem tanto
É a liberdade que funfiu num grito
Todas as vozes do Rio Grande santo!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Guri - Cesar Passarinho

Pra mim, essa é uma das mais bonitas canções (e interpretações) de todos os tempos!

http://www.youtube.com/watch?v=OsokOgHxT0Y&feature=related

Vencedora da Califórnia da Canção Nativa de 1983, em Uruguaiana, RS, a canção 'Guri' é de autoria de João Machado da Silva e Júlio Machado da Silva Filho e aqui interpretada por Cesar Passarinho com o Grupo Inhanduí (Neto Fagundes e Renato Borgheti). Ganhou o prêmio Calhandra de Ouro. Calhandra é um pássaro de canto doce e que só canta quando está livre.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O porque dos porquês!

Flamengo, hexacampeão brasileiro da primeira divisão! Um dos poucos clubes que nunca sujaram o uniforme na infame lama dos campeonatos de acesso do futebol brasileiro. Campeão da Libertadores da América, do Mundo, bi-campeão da Copa do Brasil entre outros tantos títulos!
Time da raça! Do amor e da paixão! O mais querido do Brasil! Maior torcida do mundo com mais de 35 milhões de torcedores.
Ao mesmo tempo, nesse campeonato, mais de 1.000 minutos sem o ataque marcar um gol! Os caras ganham um dinheirão pra treinar e jogar bola! Não fazem um golzinho sequer?? Não dá! Assim não dá!
Menos mau que foi descoberto o porque disso tudo. Veja abaixo...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Salvamento do biguá

06 de setembro, falando com meu irmão, Leandro Madalosso Wielecosseles, o Jibóia da Capoeira de Lages, pelo skype e vejam a história que ele me conta.

[21:56:18] Leandro Madalosso Wielecosseles: dae maninho!
[21:56:20] Leandro Madalosso Wielecosseles: tudo bem?
[22:29:12] Rodrigo Madalosso Wielecosseles: opa
[22:29:18] Rodrigo Madalosso Wielecosseles: beleza maninho
[22:29:22] Rodrigo Madalosso Wielecosseles: e aí?
[22:31:51] Leandro Madalosso Wielecosseles: eu e a lili salvamos um biguá na barra hj
[22:32:00] Leandro Madalosso Wielecosseles: paramos o carro
[22:32:11] Leandro Madalosso Wielecosseles: e vimos ele se debatendo
[22:32:20] Leandro Madalosso Wielecosseles: achamos que estava pescando
[22:32:29] Rodrigo Madalosso Wielecosseles: e o que ele tinha?
[22:32:32] Leandro Madalosso Wielecosseles: depois vi que tinha alguma coisa errada
[22:32:45] Leandro Madalosso Wielecosseles: tava enrolado em uma rede
[22:32:57] Rodrigo Madalosso Wielecosseles: putz
[22:33:11] Rodrigo Madalosso Wielecosseles: tava machucado?
[22:33:18] Leandro Madalosso Wielecosseles: nao
[22:33:23] Rodrigo Madalosso Wielecosseles: menos mau
[22:33:27] Rodrigo Madalosso Wielecosseles: mas estava se afogando?
[22:33:35] Leandro Madalosso Wielecosseles: eu achei que ele ia fugir
[22:33:48] Leandro Madalosso Wielecosseles: mais dai a lili falou pra entrar na agua
[22:33:54] Leandro Madalosso Wielecosseles: ele mordeu meu dedo
[22:34:06] Leandro Madalosso Wielecosseles: peguei uma madeira
[22:34:09] Rodrigo Madalosso Wielecosseles: imagine o desespero do bicho
[22:34:25] Leandro Madalosso Wielecosseles: e consegui segurar a cabeça
[22:34:42] Leandro Madalosso Wielecosseles: dai cortei com a tesourinha do canivete


No link: http://www.youtube.com/watch?v=_4CMYXo-jBY&feature=player_embedded , tem o filme da operação de resgate e salvamento de um biguá (Phalacrocorax brasilianus) na Barra da Lagoa em Florianópolis. A ave ficou enrolada em uma rede de pesca e se não fosse pela ação no Leandro ele teria passado muito mais trabalho.

domingo, 5 de setembro de 2010

Na Serra de Luminárias

Neste feriado de 07 de setembro de 2010, quando o Brasil comemora os seus 188 anos de independência dos portugueses, fomos para Luminárias, passar o feriadão com a D. Elsa e o Tuquinha.
Eu decidi levar os equipamentos básicos para treino de montanha. Carreguei a mochila com 10 litros de água, como de costume, e mais alguns apetrechos que totalizaram cerca de 15 quilos no total.
Saí da altitude de 955 metros, por volta das 11:30hs e com uns 34 graus Célsius e tempo seco rumo ao topo da Serra de Luminárias. Cheguei lá em cima, nos 1.225 metros em relação ao nível do mar eram 12:15hs, depois de uma parada para tomar uma água e respirar um pouco na pequena e esparsa sombra de umas das poucas árvores que restaram na Serra depois do último incêndio que ali ocorreu.
Tempo muito seco não é legal para treinar. Nem muito quente...Serra de Luminárias
Vista de Luminárias de cima da Serra