quinta-feira, 21 de abril de 2011

Acidente na prática do montanhismo

Desde a Travessia da Serra Fina que eu não me machucava na montanha. Naquela oportunidade, no quarto e último dia, quando já havíamos passado o Alto dos Ivos e já iniciávamos a descida para o sítio do Pierre, onde seria nosso resgate e eu vinha totalmente cansado, estafado pelos quatro dias de dura caminhada sempre acima dos 2.000 m de altitude da difícil Serra Fina e torci o pé repentinamente.
Caí de frente em meio a uma mata de bambu e desci arrastado no meio desses finos bambus por cerca de 3 metros. Quando comecei a entender o que havia acontecido foi no momento em que o Cassiano e o Adão, colegas desta travessia, me puxavam pela alça da mochila e me traziam novamente para a estreita trilha e então pude reparar o estrago ocorrido pelo inchaço do meu tornozelo esquerdo. Dali ainda caminhamos mais umas 4 horas, já sem água, até chegar no local de resgate.
Penso que isso aconteceu naquela oportunidade por falta de concentração! E essa mesma falta de concentração em momentos importantes me causou novo acidente nesse 17 de abril de 2011.
Subi a trilha do Cristo, trajeto normal em meus treinos, empolgado. Saí da parte de trilha na floresta em 15 minutos de caminhada e iniciei a parte de trilha aberta e escalaminhada com uma boa resistência e sem cansaço. Passei por toda a parte difícil sem dificuldade nenhuma (já perdi as contas de quantas vezes subi e desci essa trilha).
Quando estava a uns 15 metros do final da trilha e conferi o relógio vi que estava fazendo o meu melhor tempo de subida. O relógio marcava 35 minutos de subida. Até então meu melhor tempo havia sido 40 minutos. Nesse momento, me desconcentrei e escorreguei no chão liso e fui de frente ao chão. Senti a seca pancada no joelho esquerdo e uma mais seca ainda na canela direita. Eu havia batido a canela com muita força em na quina de uma pedra. Rapidamente levantei e segui a trilha até o seu final com muita dor na perna. Cheguei no final com 37 minutos. Meu melhor tempo!
Sentei no banco ao lado da estátua do Cristo e olhei para a perna e estava formado um calombo e um corte no meio dele. Imediatamente joguei água do camelback, fria, para tentar aliviar a dor. Tirei as dezenas de 'pega-pegas' que haviam se instalado em minha roupa no momento da queda enquanto descansava um pouco. Dali, fui até a casinha que vende milho verde, no alto do morro, e pedi se eles tinham um gelo para que colocasse em minha perna.
Além da raspa de gelo de congelador eles me deram um algodão e álcool com arnica para tentar amenizar a dor eo inchaço daquele local da minha perna.
Após descansar mais um pouco, empapei um pedaço de algodão e o coloquei em cima do machucado e coloquei também uma bandagem tipo curativo por cima.
Desci o morro caminhando, pelo alfalto dessa vez, até a entrada da Fonte dos Amores onde pude pegar o carro e ir para casa.

Moral da História: não perca a concentração nunca. Nos momentos de bobeira os acidentes acontecem. E acontecem tão rápido que quando vemos ele já aconteceu.

Um comentário: