terça-feira, 5 de outubro de 2010

Helsinki e Tallinn - dia 3


Na terça de manhã, a Fer ainda abalada com a diferença de fuso-horário acordou as 5 da manhã e não conseguiu mais dormir. Eram umas 8 eu acordei e descemos pro café da manhã no Sokos Helsinki. Depois do café fizemos check out e deixamos nossa bagagem no guarda malas do hotel, pois o plano de viagem contempla dormirmos em Tallinn, Estônia de terça pra quarta e voltarmos pra Helsinki na quarta e dormirmos neste mesmo hotel para seguir viagem de trem pra São Petersburgo na quinta de manhã.
Como o barco pra Tallinn está marcado pras 2 da tarde fomos dar uma volta em um museu de Arte Contemporânea de Helsinki (http://en.wikipedia.org/wiki/File:Helsinki_Kiasma.jpg). Estavam acontecendo duas exposições bem interessantes.


Dali, seguimos na direção contrária a que viemos, em direção ao porto. Achei muito interessante que próximo à estação de trem existem vários estacionamentos de bicicletas e bastante povoados por bicicletas que a galera deixa ali enquanto pegam o trem e metrô para seus empregos. E nada de mountainbikes e bicicletas cheias de esquema. Umas bicicletas estilo barraforte mesmo e até umas estilo aquelas Caloi Ceci das antigas. 


Com tudo que andamos na segunda por Helsinki a Fer estava com a sola do pé e as panturrilhas doendo. Compramos um creme (tipo aquele ‘Doutorzinho’ das antigas, lembram?) e paramos no Herring Fesival, no cais do porto, pra Fer passar o Doutorzinho e para matarmos tempo até a hora de embarcar para Tallinn. Ali bebi um café e a Fer comeu uma panqueca com uma geléia de uma frutinha amarela que é típica do norte da Finlândia e agora não me recordo o nome. É como se fosse um lingonberry, só que amarela.
Às duas da tarde embarcamos no barco da empresa Linda Line (http://www.lindaline.fi/ee/) rumo a Tallinn, capital da Estônia. No início tudo certo, tudo tranqüilo. Mas foi o barco sair da baía de Helsinki e acelerar na travessia do Mar Báltico que senti um ruim! A Fer tava no sétimo sono, escorada, dormindo valendo e eu comecei a me sentir meio mareado (ou marejado, sei lá!). Daí pensei: ou durmo, ou vou ficar ‘tudo ruim’. Primeira opção foi a que escolhi. Vim até Tallinn meio cochilando meio abrindo um olho e fechando o outro pra ficar esperto dentro do barco. A viagem de barco, atravessando o Mar Báltico de Helsinki pra Tallinn levou uma hora e meia.
Chegamos em Tallinn e desembarcamos no Terminal da Linda Line (acho que deve ser o Terminal B). Acho, porque na real nem olhamos que terminal era e vimos um ônibus e entramos nele. Era o ônibus 82. Custou 15 coroas estonianas cada um (o equivalente a 1 euro). Depois que já havíamos pago, perguntamos pro motorista se aquele era o ônibus que nos levaria até a cidade velha (Tallinn Old Town) e ele disse: Yes, two stops.
No trajeto de uns 10 a 15 minutos, conseguimos reparar que cidade de Tallinn é uma cidade bem moderna. Descemos depois das duas paradas quando o motorista avisou pelo sistema de som do ônibus que era a parada da ‘Old Town’. Ainda estávamos meio sem rumo pois não tínhamos idéia, mesmo com o mapa na mão, em que direção seguir. Vimos alguns jovens fotografando uma igreja e perguntamos aonde ficaria o hotel que ficaríamos hospedados e ele explicou mais ou menos o rumo, através do mapa. Andamos mais uns 50 metros e foi quando olhei e vi o Savoy Boutique Hotel (http://www.savoyhotel.ee/index.php?lang=en). O hotel é bem legal e tem um restaurante de comida estoniana moderna.
Deixamos a mochila com a muda de roupa e algumas coisinhas que trouxemos para passarmos essa noite em Tallinn no quarto e saímos dar uma volta na Old Tallinn.
A cidade velha é muito legal. O bixo! As construções medievais bem conservadas e o calçamento também bastante antigo e típico. Muitas lojinhas de souvenirs com alguns artesanatos locais e bastante artesanato russo também (a Estônia fez parte da União Soviética e ainda existem muitos russos-estonianos que aqui vivem por não terem ido embora com a queda da URSS e sua ‘Cortina de Ferro’). Também me chamou atenção que existem muitas casas de câmbio espalhadas pelas estreitas ruas de Tallinn.
Como já eram umas 3 da tarde fomos almoçar em um restaurante, bem no centrinho, de nome Molly Malone’s. Estava ventando um pouco e frio. Uns 7 ou 8 graus. Achei legal que nas cadeiras do restaurante, ao ar livre, eles deixam alguns cobertores para os clientes se enrolarem durante sua permanência no recinto do restaurante. Pedimos um macarrão com molho de salmão e queijo (prato que dividimos) e a Fer pediu uma água com gás e eu uma cerveja local (Saku).

Demos mais uma caminhada pelas ruazinhas de Tallinn e voltamos para o hotel para tomar um banho e descansar um pouco para irmos jantar. Nesse meio tempo a Fer conseguiu falar com a Victória pelo skype e eu falei com meu pai e meu irmão (nessas horas que eu posso dizer que a internet é uma coisa incrível, pois nós aqui, na Estônia, com 6 horas de fuso à frente do Brasil e falando e vendo as pessoas no Brasil em tempo real).

 
Saímos então jantar e fomos em um restaurante/taberna de estilo medieval, chamado Olde Hansa (http://www.oldehansa.ee/). Os atendentes se vestem com roupas do tempo medieval, o astral dentro do lugar é estilo medieval e iluminado com velas, madeiras e móveis rústicos e pinturas com estilo antigo nas paredes. Muito bacana. A Fer pediu um peixe (salmão com molho de cogumelos) e eu carne (carneiro estilo himalaio – que na real era tipo um guizado de carneiro com molho, que inclusive lembrou um pouco o molho da carne com molho que a minha mãe fazia quando eu era criança). Ambos os pratos vieram com um arroz integral (diga-se de passagem que foi o melhor arroz integral que comi até hoje) de grãos grandes e com uma textura muito boa, salada e um pão típico, assado como se fosse uma trouxinha. Para beber a Fer pediu um suco de foxberry (que é, segundo os locais o mesmo que cranberry) e eu pedi uma dark sweet beer (cerveja escura doce – excelente gosto).
De sobremesa rachamos algo do tipo sweet aplle pie – mas que na real eram umas maçãs cortadas em gomos (como de laranja) com um tipo de strudel e um molho de mel com amêndoas e acho que creme de leite. Bem gostoso. E pasmem! Os talheres da Olde Hansa são Tramontina!!! Lembram daqueles Tramontina das antigas, com cabo de madeira? Desses!!




Dali viemos de volta para o hotel para descansar. A Fer já está dormindo e eu aqui atualizando as notícias para os acompanhantes de nossa saga por essas longínquas terras, provida pelo Prêmio DNA que recebi este ano na Danone.

6 comentários:

  1. Muito massa madaleno, vê se tu achas uns Steckert por ai! É a região de origem do sobrenome (Letônia, Estônia e Lituânia.

    Abs e boa sequencia de viagem.

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  2. A fruta da geleia que a Fer comeu é lakka, conhecida em inglês como cloudberry ou amora-branca-silvestre em português europeu (Rubus chamaemorus). Aqui, além de talher Tramontina, dá pra encontrar Marinex tb! =) E assim a cozinha já está equipada! rs

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  3. hahahaah adorei o cobertor!! beijos pra voces, tou adorando a viagem "de carona" :)

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  4. Prêmio, diga-se de passagem, MUITO merecido e festejado, Madá!!!!
    Muito legal, deve ser surreal mesmo...
    Penso que o que o Cassiano não percebeu foi que você achou estranho foi o fato de ter Tramontina em Tallinn, lugar que filtra e expurga qualquer modernidade : )
    Cobertor em restaurante eu nunca vi, em nenhuma temperatura - isso é o despojamento total - extremo conforto a favor do cliente.
    Enjoy, estamos de carona!

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  5. Morri de rir com a descrição da viagem de barco. Hahaha!
    Cassi, tem Marinex também? Tô impressionada!

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  6. A foto com o cobertor é a melhor da viagem até agora :)
    *e que povo esperto, eu ia jantar sempre num lugar que me deixasse me enrolar num cobertor... Lembra de manhã em Curitiba, a gente queria ir pro Positivo enrolado no edredon?

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