domingo, 24 de outubro de 2010

Paris - dia 22

Hoje o dia amanheceu bem aberto, com um belo e azul céu cobrindo a capital da França. Pegamos o metrô na estação Argentine, fizemos uma conexão da linha 1 para a linha 12 na estação Concorde e seguimos até a estação Abbesses. Descemos ali, no intuito de irmos na Sacre Coeur. Olhei o mapa e convenci a Fer a irmos por um certo caminho. Lá pelas tantas, estávamos na Boulevard de Clichy que é uma avenida que tem muitos sex shops, bares e casas frequentadas por maiores de idade.
Após várias visitas no mapa começamos a subir ladeiras. Subimos, subimos e então chegamos em umas ruazinhas com várias lojinhas de souvenirs e quadrinhos. Bares e pequenos e aconchegantes restaurantes e centenas de turistas! Nas estreitas ruas era até difícil de conseguir se movimentar e também de conseguir uma boa foto sem nenhum ‘papagaio de pirata’ aparecendo. Mas ainda assim, me senti na Paris dos anos 30. A arquitetura das casas e as ruelas são muito bacanas. Nesse bairro, vários artistas viveram e tiveram seus estúdios. Entre eles Picasso, Monet, Salvador Dalí e Vincent van Gogh. Ali naquelas redondezas também ficavam os cabarés Moulin Rouge e Chat Noir.
Dá vontade de nem querer sair dali e ficar por mais horas e horas. Muitos desenhistas oferecendo-se para desenhar a caricatura dos turistas que ali passeiam. Dezenas de quadros ali são vendidos e não seria exagero dizer que um mais bonito que o outro.
Como já havia visto tanto na Torre Eiffel quanto em Notre Dame, e acho que deve ser operação padrão em lugares com muitos turistas, soldados do exército francês fazendo patrulhamento em meio aos turistas. Sempre andam em três homens. Dois seguem à frente, um de cada lado da rua ou no caso de praças e caminhos mais abertos afastados cerca de 7 à 10 metros, ambos com fuzis de fabricação francesa (FAMAS) e um terceiro vem na retaguarda destes primeiros, afastado cerca de 10 metros, armado com uma pistola e um rádio de comunicação em uma das mãos.
Caminhamos bastante por ali, entra numa rua, cruza pra outra e saímos no lado de uma igreja pequena e de muito bela construção. Seu interior, bem alto e com belos vitrais que fez lembrar Notre Dame, mas em dimensões bem menores. Saímos desta pequena igreja e seguimos nossa caminhada rodeando a construção e quando vimos estávamos em nosso destino programado: Sacre Coeur!
A Basílica de Sacre Couer (Sagrado Coração) foi inaugurada em 1875 e completada em 1914. Com arquitetura baseada nos estilos romano-bizantino possui 83 metros de altura máxima, mas acredito que por causa do seu design ela aparenta ser mais alta. O ponto onde esta igreja está construída é também o ponto mais alto da Cidade Luz.
Essa é gigante! E também haviam ali centenas de turistas de todos os cantos do mundo! É de impressionar a quantidade de gente que visita a Cidade Luz. Brasileiros, americanos, italianos, ingleses, japoneses, indianos, russos, argentinos e tantos mais. Pegamos uma pequena fila para visitar o interior da Sacre Coeur, onde não é permitido filmar ou tirar fotos e para nossa grata surpresa estava acontecendo uma missa e um homem de origem indiana, parado na entrada por onde os turistas entravam neste espaço sagrado, direcionava os turistas para circularem o interior da igreja por trás do altar e saírem do outro lado para que não fosse atrapalhado o curso da missa. Nós decidimos acompanhar uma parte da missa, bem no momento em que freiras ali cantavam. Após realizarmos nossas orações, saímos da igreja e continuamos apreciando a bela vista que é proporcionada de cima desta colina onde ela está construída.
Sempre, perto de locais turísticos vejo artistas exercendo sua arte para ganhar o seu sustento. Ali hoje haviam músicos tocando violino e harpa. Como é bonito o som da harpa. Impressiona a habilidade de quem domina este instrumento.
Depois de algumas fotos e mais um rolezinho por Montmartre decidimos ir para a Place d’Italie. Para descer a colina funciona um tipo de elevador, tem também um ‘petit train’ e a escadaria em frente à basílica.
Sacre Coeur ao fundo
Descemos a escadaria em frente a Sacre Coeur, que deve ter mais de 200 degraus e fomos para a estação Anvers. Pegamos a linha 2 e na estação La Chapele fizemos a conexão para a linha 5 e fomos até a estação final que tem o nome de Place d’Italie.
Neste local, a Place d’Italie, funciona um grande centro comercial e ali esperávamos encontrar algumas coisas de nosso interesse, mas como somos ‘tri-espertos’ não nos tocamos que hoje era domingo! Tudo fechado. Neste grande centro, que possibilitava a entrada de pessoas apesar de ter todas as suas lojas fechadas procuramos um banheiro e ao encontrarmos, fechado também!. Resolução: irmos pra a Champs-Elysees para comermos e acharmos um banheiro e em último caso, estaríamos bem próximos ao nosso hotel e as coisas então seriam mais fáceis.
Da estação Place d’Italie tomamos a linha 6 do metrô descendo na estação final que é a Charles de Gaulle Etoile.
Andamos um pouco na Champs-Elysees e após irmos no MacDonalds para usarmos o WC fomos procurar um restaurante para nosso almoço. Os preços ali praticados não são muito convidativos e então comemos em uma rede de fast food que chama ‘Quick’.
Dali, fomos na Sephora dar uma olhada e inebriarmos com o cheiro dos perfumes e então para o Museu da Moda.
No caminho para o Museu da Moda, passamos por vários carros estacionados na Avenue George V. Ferraris, Maseratis, Mercedes, Porshes e outros. Ao dobrarmos na Avenue Pierre 1er de Serbie, mesma rua do Museu da Moda (10, Av Pierre 1er de Serbie) passamos em frente a uma loja ‘Mini’. Que maravilha é esse carro e a quantidade de Mini Coopers que se encontra nas ruas em Paris. Nesta loja, havia um demonstrativo de consumo do carro, que segundo a propaganda emite 125 g de CO2 por km rodado e faz 100 km com 6 litros de combustível.
Chegamos no Museu da Moda e havia um aviso que ele estava fechado! A Fer ficou desacorsoada (desacorsoada é com s ou ç?). Então decidimos dar mais uma caminhada e voltar para o hotel.
Quando eram umas 7 horas fomos jantar e procuramos um restaurante aqui nas redondezas e pudemos comer por um preço justo e razoavelmente acessível.
Amanhã, pretendemos ir ao Museu do Louvre. Acho que se não o mais, um dos maiores e mais famosos do mundo.
Fer na Champs-Elysees com Arco do Triunfo ao fundo
Passeando em Paris

5 comentários:

  1. Muito legal as ruas perto do Sagrado Coracao mesmo.

    E a Franca eh o pais que mais recebe turismo internacional do mundo, gente pra caramba mesmo.

    Obs: Vasco 1 x Flamengo, mas o jogo ta igual. Bem movimentado.

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  2. A pergunta é: vocês voltam pro Brasil ou ficam por aí mesmo? :)

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  3. Os relatos são tão agradáveis de ler e todas as fotos estão muito lindas, que bom ver vocês aí! Que gostoso deve ser caminhar nesta cidade linda, que tem muitos motivos para ser visitada por milhões de turistas todo ano.

    E que bom que vocês conseguiram acompanhar uma parte da missa nesta igreja linda, tanto a agradecer, esta viagem é uma benção também pra todos nós que estamos acompanhando de longe.

    O Louvre deve ser mesmo uma maravilha, aproveitem o passeio!

    Beijos!

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  4. Ah, quanta coisa linda!
    A Sacre Coeur é deslumbrante, lembro que avistamos do Arco do Triunfo e logo perguntamos, ficamos curiosos pra conhecer - mas não imaginavamos que seria tão maravilhosa!
    Tudo lindo, dias lindos e claros pra ajudar. Que benção.
    *só não fomos naquele parque gigante que tem no meio da cidade... se animaram??
    Beijos!

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  5. Puxa vida, quando a gente pensa que voces ja viram tudo o que tinha de lindo pra contar, a gente se surpreende de novo! Que delicia de passeio! Que alegria ter chegado na Sacre e ter a missa. Eu teria chorado :)
    Bom passeio pra voces no Louvre, voces tao cada dia mais lindos!

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